Como São Escolhidos os Nomes dos Furacões e Tufões?
Como São Escolhidos os Nomes dos Furacões e Tufões? – Os furacões e tufões são fenômenos naturais poderosos e destrutivos, capazes de causar danos significativos e afetar milhões de pessoas. Além de sua força e impacto, esses eventos meteorológicos são conhecidos por seus nomes, que vão desde os clássicos “Katrina” e “Sandy” até os mais recentes, como “Ida” e “Rai”. Mas como esses nomes são escolhidos? Quem decide quais nomes serão usados e por quê? Neste artigo, vamos explorar a história e o processo por trás da nomeação de furacões e tufões.
A História da Nomeação de Furacões e Tufões
A prática de nomear furacões e tufões remonta ao século XIX, quando os meteorologistas começaram a identificar esses fenômenos para facilitar a comunicação e o registro de eventos climáticos extremos. Inicialmente, os furacões eram nomeados de acordo com o santo do dia em que ocorriam. Por exemplo, o furacão que atingiu Porto Rico em 1825 foi chamado de “Santa Ana”.
No entanto, esse sistema era limitado e confuso, especialmente quando mais de um furacão ocorria no mesmo dia. Para resolver esse problema, os meteorologistas começaram a usar coordenadas geográficas, como latitude e longitude, para identificar os furacões. Esse método, porém, era complicado e difícil de memorizar.
A nomeação moderna de furacões começou durante a Segunda Guerra Mundial, quando os meteorologistas militares dos Estados Unidos começaram a usar nomes femininos para identificar tempestades no Oceano Pacífico. A prática se popularizou e, na década de 1950, foi adotada oficialmente pelo National Hurricane Center (NHC) dos EUA. Inicialmente, apenas nomes femininos eram usados, mas, a partir de 1979, nomes masculinos também foram incluídos nas listas.
O Processo de Nomeação
Hoje, a nomeação de furacões e tufões é coordenada por organizações meteorológicas internacionais, como a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Essas organizações mantêm listas pré-definidas de nomes que são usados rotativamente a cada ano. As listas são diferentes para cada região do mundo, como o Atlântico Norte, o Pacífico Nordeste e o Oceano Índico.
Listas de Nomes
As listas de nomes são criadas com antecedência e contêm nomes em ordem alfabética. Por exemplo, a lista de furacões do Atlântico Norte para 2023 inclui nomes como Arlene, Bret, Cindy, Don e Emily. Cada lista é usada por seis anos e, depois, é reciclada. No entanto, se um furacão ou tufão for particularmente devastador, seu nome é retirado da lista e substituído por outro. Isso aconteceu com nomes como Katrina (2005), Sandy (2012) e Harvey (2017).
Regras para a Escolha dos Nomes
Os nomes escolhidos para furacões e tufões seguem algumas regras básicas:
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- Facilidade de Pronúncia: Os nomes devem ser fáceis de pronunciar e reconhecer em diferentes idiomas, já que os furacões e tufões podem afetar vários países.
- Neutralidade cultural: Os nomes devem ser culturalmente neutros e não ofensivos.
- Alternância de gênero: As listas alternam entre nomes masculinos e femininos para garantir equilíbrio.
- Limitação de letras: Os nomes geralmente são curtos, com no máximo duas sílabas, para facilitar a comunicação.
Nomes Retirados
Quando um furacão ou tufão causa danos significativos e perda de vidas, seu nome é retirado da lista e substituído por outro. Essa prática foi estabelecida para evitar confusão e mostrar respeito pelas vítimas. Por exemplo, o nome “Katrina” foi retirado após o furacão de 2005, que causou mais de 1.800 mortes e bilhões de dólares em danos nos Estados Unidos. Outros nomes retirados incluem “Maria” (2017), “Irma” (2017) e “Michael” (2018).
Diferenças Regionais
Embora o sistema de nomeação seja semelhante em todo o mundo, existem algumas diferenças regionais. No Atlântico Norte e no Pacífico Nordeste, os nomes são em inglês, espanhol e francês, refletindo os idiomas predominantes na região. No Pacífico Noroeste, onde os tufões são mais comuns, os nomes são fornecidos por países da região, como Japão, China e Filipinas, e incluem nomes como “Haiyan” e “Mangkhut”.
A Importância dos Nomes
A nomeação de furacões e tufões tem um propósito prático e psicológico. Em termos práticos, os nomes facilitam a comunicação entre meteorologistas, autoridades e o público, permitindo que as pessoas se preparem adequadamente para os impactos das tempestades. Psicologicamente, os nomes ajudam a humanizar os fenômenos naturais, tornando-os mais memoráveis e menos abstratos.
Além disso, os nomes ajudam a criar um registro histórico dos eventos climáticos, permitindo que cientistas e pesquisadores estudem padrões e tendências ao longo do tempo. Isso é especialmente importante em um contexto de mudanças climáticas, onde a frequência e a intensidade dos furacões e tufões estão aumentando.
Como São Escolhidos os Nomes dos Furacões e Tufões?
A nomeação de furacões e tufões é um processo cuidadosamente planejado e organizado, que combina tradição, praticidade e sensibilidade cultural. Desde os primeiros nomes baseados em santos até as listas modernas e rotativas, a prática evoluiu para atender às necessidades de comunicação e registro em um mundo cada vez mais interconectado. Ao dar nomes a esses fenômenos naturais, não apenas facilitamos a comunicação, mas também criamos uma conexão emocional com os eventos que moldam nosso planeta. E, enquanto os furacões e tufões continuarem a desafiar nossa capacidade de previsão e preparação, seus nomes permanecerão como um lembrete de nossa resiliência e capacidade de adaptação diante das forças da natureza.
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